sábado, 10 de novembro de 2012

Guizado toca no Taiguara Sessions



Em seu segundo álbum solo, Guizado - o trompetista Guilherme Mendonça - aprofunda sua relação com a canção. Em Calavera ele debuta nas letras e vocais, e cia uma trabalho mais pop que o anterior, Punx (2008/Punx Records) totalmente instrumental, mais intenso e pesado. Munido de trompete e bases eletrônicas, Guizado entra em cena acompanhado de guitarra, baixo e bateria e constrói uma sonoridade cinematográfica, urbana e recheada de camadas sonoras. 

O resultado final fez com que o artista ganhasse o Prêmio de Música Brasileira 2011, na categoria Música Eletrônica. Além da premiação mais importante do país, seus dois discos foram eleitos, pela maioria da crítica brasileira, como o disco do ano. As revistas Rolling Stone Brasil e Bravo! e os jornais O Estado de S. Paulo, Folha de São Paulo, são grandes entusiastas da música de Guizado.

O novo show contém o repertório do premiado Calavera e uma pitada do Punx. E, mesmo nas faixas cantadas, a voz se coloca no mesmo plano dos demais instrumentos, não um tanto à frente deles como usualmente ocorre. Tão ruidosamente quanto melódica - ora perto de um rock instrumental, ora próximo do jazz, pontuada por toques diversos que vão do eletrônico ao tecnobrega - a música de Guizado situa-se no limite da comunicação e da surpresa causada por alterações de andamento e de clima.

Levando-nos nessa viagem, à frente de tudo, está o trompete delirante e preciso. Além do trabalho solo, Guizado é figura carimbada na nova safra de música brasileira. Ao vivo, Guizado Menezes assume o trompete nos shows de Karina e Bruno Morais.